Fraturas no Tornozelo
As fraturas do tornozelo ocorrem no maléolo medial ou posterior da tíbia e/ou no maléolo lateral da fíbula. Essas fraturas podem ser estáveis ou instáveis. O diagnóstico é feito por radiografia e, às vezes, ressonância nuclear magnética. O tratamento geralmente é a colocação de gesso ou bota ortopédica para as fraturas estáveis e muitas vezes redução aberta e fixação interna para as fraturas instáveis.
Fraturas do tornozelo são comuns e podem resultar de múltiplos mecanismos de lesão, mas lesão ao correr ou saltar é mais comum.
As estruturas do tornozelo formam um anel que conecta tíbia e fíbula ao talo e calcâneo. Dentro do anel, a estabilidade é mantida por:
Fraturas que rompem o anel em um local normalmente também o rompem em outro (p. ex., se apenas um osso estiver fraturado, um ligamento se rompe simultaneamente e de forma grave). Se a fratura rompe ≥ 2 estruturas, estabilizando o anel do tornozelo, este fica instável. O rompimento do ligamento deltoide medialmente também pode causar instabilidade.
O segmento proximal da fíbula também pode ser fraturado (chamada fratura de Maisonneuve) quando o maléolo medial é fraturado, o encaixe do tornozelo (articulação entre a tíbia e o tálus) está aberto, e a fíbula distal não está fraturada; sem fratura da fíbula distal, a articulação só pode perder a estabilidade se o ligamento interósseo entre a tíbia e a fíbula se romper, como às vezes ocorre em caso de fratura proximal da fíbula .
Primeiro ocorrem dor e edema no local da lesão, então costumam se estender de forma difusa ao redor do tornozelo.
Diagnóstico
Radiografias do tornozelo são feitas em incidência anteroposterior, lateral e oblíqua (encaixe). Critérios específicos (p. ex., regras do tornozelo de Ottawa Exames de imagem) costumam ser utilizados para evitaras radiografias nos pacientes com baixa probabilidade de terem alguma fratura. As fraturas geralmente são visíveis nas radiografias.
Determinar a estabilidade ajuda a orientar o tratamento. A instabilidade pode ser evidente quando o tornozelo for examinado ou suavemente palpado. O joelho, particularmente a parte proximal da fíbula, também deve ser examinado.
Se tanto o maléolo medial como o lateral estiverem fraturados, a lesão provavelmente é instável.
Se somente a fíbula estiver fraturada e a articulação tibiotalar parecer normal, pode-se fazer uma radiografia de estresse com rotação externa; isso pode detectar subluxação tibiotalar, que sugere instabilidade do ligamento deltoide e, portanto, da articulação do tornozelo.
Se uma fratura proximal da fíbula parecer possível, também deve-se fazer radiografia do joelho.
Tratamento:
A maioria das fraturas estáveis do tornozelo pode ser tratada cirurgicamente com calçado ortopédico ou gesso.
Para lesões instáveis, RAFI é muitas vezes feito para alinhar os fragmentos ósseos corretamente e para melhor manter o alinhamento durante a consolidação da fratura.
O prognóstico costuma ser bom se o tornozelo estiver estável e se os tratamentos resultarem em alinhamento correto. Se os fragmentos ósseos não permanecerem alinhados corretamente, pode ocorrer artrite e pode haver recorrência das fraturas.
Dicas & Conselhos:
Pontos-chave:
Fonte: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/fraturas,-luxa%C3%A7%C3%B5es-e-estiramentos/fraturas-do-tornozelo